Na quinta-feira, 6 de junho, véspera do início oficial da Academia, os participantes reuniram-se para uma noite encontro e boas-vindas numa das mais diversas áreas do centro de Lisboa, o Intendente. Conhecermo-nos numa atmosfera descontraída preparou-nos para o dia seguinte, atarefado mas promissor.
Na manhã de sexta-feira, 7 de junho, reunimo-nos na encantadora sala de eventos da Escola Secundária de Camões, uma das escolas secundárias mais antigas da cidade. Membros dos núcleos locais do DiEM25 de Lisboa e Oeiras (CEDs), começaram a manhã com um exercício de encontros rápidos que nos deu oportunidade de fazer as nossas apresentações. Seguiu-se um workshop de perguntas e respostas, durante o qual abordámos a organização interna do movimento e os seus órgãos funcionais, com possibilidade de intervenção de todos os participantes: Esta sessão abriu caminho para a seguinte, “Brainstorming & CEDs”, focada nos motores das ideias e da ação: os núcleos coletivos do DiEM25. Começámos por recordar como os CEDs são criados, o que eles podem fazer e como podemos aderir-lhes. Os participantes foram divididos em grupos em que apresentaram propostas concretas, em particular sobre como atrair mais participantes e como aplicar boas práticas na promoção da atividade fluída dos seus membros.
Depois do almoço no pátio solarengo da escola, a workshop “Construção do Movimento & Mobilização de Bases” decorreu em duas partes. Durante estas duas sessões debatemos os desafios e perspetivas da ação num movimento organizado horizontalmente. Forma dados exemplos das experiências dos atuais membros do DiEM25 e aprendemos técnicas para abordar novos membros, assim como membros já participantes, tornando ideias em propostas e ações e continuando a construir o movimento.
Aproveitando o facto de ser em Lisboa o mês das Festas de Santo António, fomos à Mouraria a um jantar organizado por uma ONG local. Trabalhar para um futuro melhor, concluímos, deve ser feito com alegria e boa disposição.
O segundo dia, 8 de junho, começou com um workshop “Municipalismo e Cidades Rebeldes”, na qual tivemos oportunidade de aprender como nos organizarmos e trabalharmos a nível municipal. Formámos grupos para discutir e apresentar ideias. O workshop “Género e Diversidade” que se seguiu deu azo a um muito interessante e necessário debate, com histórias reais e repercussões da forma como as nossas sociedades agem e reagem aos tópicos das sessões.
“Ambiente e Alterações Climáticas” foi o tema quente que se seguiu, num workshop que combinou uma apresentação estimulante com efeitos sonoros, ajudando-nos a localizar-nos com espécies de um sistema natural mais vasto e a reconhecer as responsabilidades que temos que assumir a este respeito.
Concluímos o dia com um workshop “Migração e Refugiados” no qual examinámos casos individuais concretos retratando a crise migratória na Europa e as suas consequências, tanto de um ponto de vista pessoal como de um ponto de vista mais amplo.
Continuámos a discutir vários tópicos abordados nos dias anteriores no jantar que decorreu noutro antigo bairro lisboeta. Dali, dirigimo-nos às celebrações locais, misturando-nos com o cheiro a sardinhas e com as festas de rua.
No último dia da Academia, domingo, 9 de julho, fomos ao parque Gulbenkian – o oásis verde e aberto dentro da cidade, onde partilhámos a comida do nosso piquenique com os locais, os patos, e participámos num encontro com ativistas de diversas organizações locais: Consciência Negra (centrada na discriminação contra pessoas de descendência africana); Climaximo (ativistas das alterações climáticas), um Sindicato de Trabalhadores de Call Centres relativamente recente, alguns membros da Extinction Rebellion Portugal e a Rede 8 de Março (plataforma feminista). Os participantes da Academias colocaram diversas perguntas e estabeleceram contactos estreitos com os ativistas.
Após esta interessante manhã e piquenique decorreu a sessão de conclusão teambuilding- que nos trouxe técnicas e conceitos muito úteis para aplicar nas nossas atividades e grupos de trabalho futuros – Não podia ter acabado melhor!
Para continuar a boa onda e digerir tudo o que adquirimos neste fim de semana intenso e prolongado, juntámo-nos à festa do Festival Outjazz em mais um belíssimo jardim, que nos permitiu prosseguir as nossas discussões de modo mais informal.
Todos os workshops da Academia foram organizados por membros das bases interessados em tópicos específicos e o trabalho de grupo correu ainda melhor do que o que esperávamos!
Gratos pela experiência e pelas conversas, esperamos realizar em breve mais um evento deste género.
Carpe DiEM!
DSCs Oeiras & Lisbon
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