Paul Krugman, que chegou a receber um Prémio Nobel, escreveu um artigo de opinião no domingo passado argumentando que a Europa tem vindo a recuperar da crise financeira de 2008. Os gráficos e as estatísticas sugerem que essa informação é correta. No entanto devemos ser céticos quanto aos resultados dessa recuperação económica, se irá resultar em ganhos económicos generalizados e ainda mais cépticos, face à ideia de que irá suprimir a deriva política da Europa para a extrema-direita.
Por trás dos gráficos e dos números, há uma história muito mais silenciosa de luta diária e deceção. As pessoas hesitam em acreditar que o futuro da Europa é brilhante. Até o Fundo Monetário Internacional admite que, na Europa, as desigualdades salariais entre gerações aumentaram. Entretanto, os ricos ficam cada vez mais ricos no mundo inteiro, aumentando cada vez mais as desigualdades salariais. Como se pode chamar uma recuperação, se os seus proveitos são encaminhados de forma tão desproporcional diretamente para o topo?
A análise de Krugman reconhece uma exceção: a Grécia. Esta situação levanta ainda mais questões complicadas. Como é que os europeus podem recuperar se alguns dos países sofrerem uma austeridade muitíssimo severa nas próximas décadas? A Europa pode ser uma “história de sucesso” se, na Grécia, o desemprego dos jovens estiver nos 40%? Este resultado foi obtido graças à gestão económica da troika.
No DiEM25, acreditamos que uma recuperação genuína inclui a integração e a democratização da Europa, com uma vertente radical e progressista. Todas as instituições europeias precisam de ter como prioridade as pessoas em toda a Europa. Isso só será alcançado se nos organizarmos coletivamente e exigirmos a mudança! Junta-te a nós aqui e vamos lutar juntos!
Aris é membro e voluntário do movimento DiEM25.
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