International Women's Day 2018

Nós as mulheres

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Porque é que o DiEM25 apoia a greve de 8 de março?

 
Porque é que o DiEM25 apoia a greve de 8 de março?
O nosso movimento é declaradamente um movimento feminista. Como tal, entendemos que não pode haver democracia – baseada na justiça, tolerância e igualdade – sem a igualdade de género.
Nós, as mulheres, vamos à greve para condenar a violência a que estamos sujeitas. São as estatísicas assustadoras de abuso, agressões e homicídios na Europa, mas também a injustiça ligada às diferenças salariais, a imposição de papéis em função do género, a obrigação de prestar cuidados, a não realização das nossas aspirações legítimas como cidadãos de pleno direito e com as mesmas oportunidades.
Nós, as mulheres, estamos unidas por um forte sentimento europeísta, sabemos que se conseguirmos a democratização dos sítios onde vivemos, alcançaremos uma sociedade mais justa e igualitária.
Nós, as mulheres, sempre trabalhamos arduamente, embora os nossos esforços muitas vezes não tenham sido justamente reconhecidos. Sabemos que esse fracasso decorre de um mundo em que o nosso papel foi relegado para a esfera privada e as nossas funções limitadas à reprodução e prestação de cuidados. Juntas, enfrentamos a barbaridade que flagelou a Europa durante as Guerras Mundiais espalhando o fascismo, a xenofobia, o racismo e o ultra-nacionalismo. É impossível citar todas as mulheres que tornaram possível o sonho europeu. Simone Veil, a primeira mulher a ser presidente do Parlamento Europeu ou Sofia Corradi, ideóloga do projeto Erasmus. Elas abriarm os caminhos que agora outras mulheres podem seguir.
Desde as primeiras lutas feministas, cujo objetivo era o direito ao voto das mulheres, fomos obrigadas a lutar pelo que nos pertence por direito. O nosso compromisso social com os valores democráticos obriga-nos a tomar uma atitude e a posicionarmo-nos de forma a alcançar os objetivos pelos quais nascemos como um movimento. Esta é a nossa forma de nos expressarmos.
Mostramo-nos solidárias com as mulheres de todo o mundo, com uma ênfase particular naquelas que não tiveram outra opção senão abandonar as suas casas no meio de conflitos e que agora sofrem duas vezes como mulheres e como refugiadas. Essas mulheres e as suas filhas chegam à nossa porta, mas uma Europa desumanizada destrói as suas vidas, impedindo sua entrada.
Iremos à greve no dia 8 de março. Iremos juntas para gritar com todas as nossas forças que estamos aqui, que devemos contar com a construção de uma Europa igualitária e sem fronteiras, e que, sem nós, nada será possível, porque se pararmos, o mundo pára.
Vamos mudar a Europa, mas isto será feito … com as mulheres, ou não acontecerá.
Marina é membro do CED-Galiza.
 

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