Porque é que a Europa de Leste precisa de um New Deal?

O que pode o New Deal do DiEM25 oferecer à Europa de Leste? Tem a região a infraestrutura apropriada para pôr em andamento esse programa? Ou este aplica-se somente à zona Euro?

Estas são, claro, preocupações razoáveis. Mas precisamos de desfazer o mito de que o New Deal só pode ser aplicado à zona euro. Em vez disso, o nosso desafio é desenvolver, aguçar e elaborar o objetivo do mesmo ( END) na coordenação de políticas pan-europeias entre os estados membros da UE e os que não  pertencem à mesma.

A Europa de Leste tem tido um papel crucial na construção desta ordem económica assimétrica que hoje vivemos. Como Joseph Halevi argumenta, a Alemanha reconheceu a necessidade de redesenhar a região de forma a absorver excedentes. Como resultado, esta tornou-se profundamente dependente na tecnologia e capital alemão – e com o pior saldo na sua posição de investimentos internacionais na Europa. Na verdade, estes mantiveram um défice permanente nas contas correntes até terem sido atingidos pela crise.

After 2007, though, this took a different turn, given the new German fiscal strategy.  A short view on Eurostat statistics between 2007 and 2013 reveals how almost all Eastern European countries had to slash their deficits from 2-digits to a “green” one (less than 4%). They were hit hard. Whereas Euro countries were seen as “safe harbors” backed by ECB, non-eurozone ones were left alone in the financial storm.

Todavia, depois de 2007 tomaram outro rumo, dado a nova estratégia fiscal da Alemanha. Um pequeno olhar às estatísticas do Eurostat entre 2007 e 2013 revela como quase todos os países da Europa de Leste tiveram que cortar os seus défices de duas casas decimais para um “verde” (menos de 4%). Eles foram fortemente atingidos. Enquanto que os países da zona euro foram vistos como “bons portos” apoiados pelo ECB (Banco Central Europeu), os de fora da zona euro foram abandonados na tempestade financeira.

Claro que, dado a sua forte dependência na Alemanha, as moedas correntes da Europa de Leste não poderiam ficar descontroladas. Os bancos centrais foram “aconselhados” a manter a disciplina financeira e aplicar um ajuste nos gastos públicos. Pareceu preferível deixar a Europa de Leste fora da região monetária da União de forma a isolar as consequências de um “colapso monetário”.

O DiEM25 deve tomar as rédeas na elaboração de uma estratégia pan-europeia para políticas fiscais, monetárias e sociais. A Europa de Leste não deverá mais servir as grandes potências, mas garantir que a sua própria economia prospere em segurança e gradualmente. Como tal, esta região deverá ter um papel fundamental na recuperação europeia guiada pelo investimento verde, pois esta é certamente capaz de garantir margens de lucro “satisfatórias” para investimento por parte dos países com excedente.

Trabalhar com a Europa de Leste é essencial para responder à questão de que tipo de Europa queremos. Queremos prevenir uma Europa polarizada de Credor-Devedor (Oeste-Leste), onde os devedores têm que pagar riscos premium significativos para aceder a capital? Queremos uma Europa de múltiplas engrenagens, onde a “periferia” está presa num protetorado de patronagem politica e financeira? Poderá a Europa de Leste dar o salto diretamente para uma era pós-hidrocarboneto, uma era verde, diretamente sem melhorar as suas pobres ou ausentes estradas, linhas ferroviárias ou infraestruturas aquíferas?

A essência do nosso New Deal e o principio fundador da DiEM25 tem as suas raízes na velha crença de que uma Europa unida irá forjar laços baseados em valores comuns e princípios humanistas e não em parentescos, linguagem, etnicidade ou um “inimigo comum”.
Junta-te a nós em torna isto realidade.

Bogdan é membro do CED Bucareste mas também um humilde engenheiro que vive em Munique. Os seus principais interesses são os assuntos sociais e políticos da sudeste Europeu assim como a promoção do DiEM25 nessa região.

Créditos fotográficos: Thanasis Papaspyropoulos, Politis Newspaper, Cyprus

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