Prevenir contra a violência: falar, denunciar, educar

Fomos vítimas de uma agressão moral no trabalho? Fomos incapazes de reagir a uma progressiva agressão por quem temos sentimentos profundos que nos criam barreiras para ver com olhos de ver o que realmente está a acontecer? Somos incapazes de dizer não ou pura e simplesmente estamos de tal forma armadilhadas numa situação de agressão em que não vemos como escapar?

Entre mulheres há uma empatia imediata sempre que outra mulher partilha uma situação de agressão moral ou física, pelas piores razões: porque não há uma única mulher no mundo que não consiga identificar na sua vida situações semelhantes, que viveu com a mesma solidão, culpabilização, sentido de impotência e de desamparo, até porque poucas ferramentas existem para nos fazer sentir verdadeiramente protegidas em situações limite.

Ser vítima de agressão moral ou física acontece em todas as esferas da nossa vida e, em todos estes contextos, apesar dos anos e anos em que investimos enquanto sociedade numa visão igualitária entre homens e mulheres, somos muitas vezes incapazes de lutar contra o peso de séculos de patriarcado que nos engole uma e mais uma vez.

Diferenças na educação? diferenças nas expectativas que se criam à volta de um e outro género? Modelos que se reproduzem e que parecem ser mais fortes do que o que qualquer uma de nós possa fazer para alterar esta vulnerabilidade sempre iminente, em que o sentimento de insegurança nos invade e nos imobiliza.
A prevenção da violência contra as mulheres devia acontecer a partir da primeira respiração de qualquer ser humano que nasça neste planeta e só a escola pública pode criar o espaço para a imensidão do trabalho que é preciso fazer neste campo.

Uma escola que aborda este tema de forma transversal, seja em aulas de história, matemática ou religião e moral, uma escola que tem uma visão de sociedade democrática e pacífica, em que homens e mulheres são em primeiro lugar pessoas com direitos, deveres e um respeito mútuo igualitário, em que o medo da agressão deixa de ditar a forma como as mulheres atuam, sempre antecipando todas as ameaças que podem existir ou, quando não antecipam, sentido que já é tarde demais, já estando em plena situação de agressão.

E a libertação contra a violência também começa aqui: falar, partilhar, denunciar, falar de novo, até que o respeito e a dignidade a que todas temos direito se instale entre todas e todos.

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