Após demoradas negociações, a UE estabeleceu um objetivo de 37,5% de redução de emissões de gases de efeitos de estufa (GEE) por automóveis novos até 2030 – com um objetivo interino de 15% até 2025 – de modo a cumprir o seu compromisso de corte global de GEE em 40%. O objetivo consagrado nos Acordos de Paris no sentido de limitar o aquecimento global a 1,5-2 graus Celsius, porém, vai requerer cortes maiores.
Os 37,5% são um compromisso entre as preocupações ambientais, o objetivo de 40% advogado pelo Parlamento Europeu e o lobbying massivo dos países com grandes indústrias automóveis, (em particular a Alemanha) no sentido de uma redução de 30%.
Como acontece frequentemente com os compromissos, a decisão final foi criticada por ambos os lados. Representantes da indústria automóvel europeia chamam-na “completamente irrealista” e advertem para um “impacto sísmico” no emprego. A federação europeia de ONGs de transporte e ambiente considerou-a uma medida bem-vinda mas insuficiente. E a proposta do Parlamento Europeu de penalizar as construtoras automóveis por não produzirem suficientes veículos de emissões baixas ou nulas foi bloqueado pelo Conselho e pela Comissão europeus.
A nova decisão dá um sinal claro à indústria automóvel no sentido de eliminar faseadamente os automóveis com motor de combustão, embora o objetivo não seja ainda suficiente para cumprir os compromissos assumidos em matéria de alterações climáticas. E não há garantias de que seja atingido (já para não falar em ultrapassado) sem prejudicar a economia e a vida dos 13,3 milhões de trabalhadores do setor automóvel da Europa. Tem que ser apoiado por:
- I. Incentivos fiscais para dirigir a procura dos consumidores para veículos de emissões baixas ou nulas
- II. Investimento suficiente em emprego e tecnologia verdes
O programa político da Primavera Europeia do DiEM25 propõe soluções concretas:
*Um imposto sobre emissões pan-europeu que privilegie veículos de emissões. Vê o artigo das notícias DiEM25 COP24: Another Climate Cop-Out, sobre as vantagens de uma taxa de carbono (tarifa e dividendo). Para além de ser geralmente ineficaz, o sistema de limitação & comércio não se aplica a emissões de transporte
*Um compacto para os trabalhadores europeus e garantias de emprego para todos os europeus, estreitamente ligado a um Programa de Investimento Verde de 500 mil milhões de Euros a dedicar anualmente a energias, transportes e transição verdes, garantindo novas oportunidades de emprego por toda a Europa e a transição sustentável para uma economia verde.
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