Um movimento que defende a democracia transnacional só pode opor-se ao imperialismo, à guerra e à violência: os maiores inimigos dos nossos valores e do mundo que procuramos construir.
A acumulação rápida de equipamento militar na Ucrânia e regiões vizinhas é alarmante. A transferência de tropas e materiais ocidentais para uma região com um conflito de oito anos – assim como o posicionamento de milhares de tropas russas na fronteira ucraniana – serve apenas para encorajar os belicistas. Isto, por sua vez, leva a uma maior militarização de todos os lados que, em última análise, beneficia apenas o complexo industrial militar.
Continuamos a ver os líderes ocidentais sendo subservientes aos Estados Unidos e sua elite dominante. Em resposta, regimes antidemocráticos aprofundam-se no autoritarismo, como forma de oposição ao domínio dos EUA, deixando o mundo preso num perigoso teatro do absurdo que cada lado utiliza para justificar as suas ações.
Enquanto a Europa é sacrificada aos apetites dos imperialistas e a OTAN conseguiu incorporar mais catorze nações desde o fim da Guerra Fria, as vozes ‘progressistas’ estão notoriamente silenciosas. Testemunhamos também a disfuncionalidade dos sistemas internacionais projetados para lidar com questões de “paz e segurança internacional”, com as Nações Unidas aparentemente incapazes de agir além do pódio.
Como DiEM25, nos sentimos compelidos a exigir publicamente:
- A resolução de todo e qualquer conflito político em curso exclusivamente por meios pacíficos e diplomáticos.
- O fim das ações provocatórias de ambos os lados incluindo a acumulação de tropas, entrega de armas, exercícios militares em larga escala ou conversas contínuas sobre a expansão das alianças militares envolvidas.
- O fim da expansão da OTAN, com o objetivo final de tornar a OTAN obsoleta através do desenvolvimento de um sistema de paz comum na Europa e no resto do mundo.
- Implementar o Green New Deal para a Europa, que tornaria irrelevante a acumulação militar.
- O atunuamento da retórica e o fim do belicismo por grande dos grandes meios de comunicação.
O investimento contínuo na máquina de guerra afasta-nos ainda mais da cooperação nos grandes desafios do nosso tempo, como as alterações climáticas e a desigualdade global. Não há necessidade de apatia ou resignação: há uma saída para este conflito na direção da paz e cooperação.
Photo (c) Reuters
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