A Força Esmaga a Fraqueza

de DiEM25 membro Claudia Marrucho

Nasci em outubro de 1991, abril de 1974 soa longínquo. E, no entanto, desde sempre me habituei a ouvir os meus pais e avós a falar sobre o 25 de abril, sobre o antes e o depois. Do meu pai soube que o meu bisavô paterno teve que fugir para Espanha durante a ditadura do Estado Novo orque cuspiu no retrato de Salazar em público. Ouvi falar da pobreza que grassava na altura, do facto de rapazes e raparigas estudarem em escolas separadas. Do retrato de Salazar, o culto da personalidade, em cada sala de cada escola primária. Lembro-me da minha avó materna me dizer que na casa dela, em Lisboa, se sussurava quando se falava sobre o Estado Novo, para que os vizinhos não pudessem ouvir – nunca se sabe onde o inimigo espreita. A avó Aldina contou-me que o seu pai, que recebia o boletim de voto em casa, votou no Humberto Delgado e que, após esse episódio, nunca mais recebeu boletim de voto em sua casa para votar. A minha bisavó, sua mulher, não votava, pois claro, as mulheres não podiam votar  naquela altura.
A evocação do 25 de abril de 1974 é, hoje, mais premente do que nunca. A ascensão de Hitler ocorreu no decurso de uma grave crise social e económica no pós I Guerra Mundial; a História já provou que o descontentamento das massas, direcionado a quem as governa, assim como o descrédito das elites que se perpetuam no poder e que, não raro, usurpam a riqueza do país, suscitam o apoio e a emergência de movimentos e governos totalitários.
Esta era de pandemia COVID-19 comporta desafios gigantescos, de nível social, económico,  de saúde pública. Recordemos a História e permaneçamos firmes e unidos na defesa da Democracia que, apesar das suas falhas, continua a ser o regime político mais justo que conhecemos.
Em Portugal, em 2020, existe Liberdade de expressão, Liberdade de associação, de reunião e voto universal. Estas conquistas foram legadas pelos dissidentes, ativistas, opositores políticos, que foram presos, torturados, impedidos de trabalhar, despedidos, desacreditados, ostracizados e mortos, para que hoje possamos usufruir desses direitos.
A Democracia implica escolha e uma verdadeira escolha só existe quando há transparência.A Democracia deve estar ao serviço de todos; a riqueza que geramos com o trabalho diário, assim como os recursos do país, pertencem a todos e não somente a alguns.
Graças à democracia, cada um de nós pode reclamar direitos: o direito a ter as necessidades básicas satisfeitas, o direito à saúde, à educação, à cultura, a exigir um planeta que caminhe para a neutralidade carbónica e para o desenvolvimento sustentável.
Afastemos o egoísmo, a falta de solidariedade e o ódio dos nossos corações. Todos sofremos, todos queremos ser felizes, todos temos esse direito. Para nós no DiEM25, o 25 de Abril é todos os dias. Se queres ajudar, junta-te a nós! 
Viva o 25 de abril! Viva a Democracia!

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