Uma esquerda verdadeiramente progressista, social e unida é urgente para Portugal

Chegaram ao fim oito anos de governação pelas mãos de António Costa e de mais um partido socialista que, à semelhança dos seus congéneres europeus, deixou de representar uma verdadeira esquerda democrática, social e transparente. Precisamos urgentemente de uma esquerda progressista e unida em Portugal.

Foi há sensivelmente um ano que o então Primeiro-Ministro António Costa fez um balanço dos sete anos de percurso no Governo, propagando uma visão altamente positiva do trabalho concretizado em várias áreas sociais e económicas. No dia após a sua demissão de António Costa devido a uma suspeição, levantada pela Procuradoria-Geral da República, por corrupção no contexto de negócios do lítio e do hidrogénio verde, revemos alguns dos pontos deste balanço, pensando no projeto de sociedade em que o DiEM25 assenta toda a sua ação.

“Crescemos acima da média europeia”: uma estatística considerada positiva pela Comissão Europeia e outras organizações que não têm em conta o estrangulamento económico das famílias portuguesas devido aos baixos salários e aos custos incomportáveis com a habitação. Temos um custo de vida acima do de muitos países europeus com condições de vida muito abaixo desses mesmos países. Esperamos mais de um partido dito de esquerda: uma distribuição da riqueza mais justa e equitativa entre todos os cidadãos portugueses.

“Reforço dos rendimentos dos portugueses”: sim, é a mesma questão que se coloca acima, mas é tão importante que repetimos, os aumentos dos rendimentos passaram de um estado escandaloso para um estado acima, o estado de “um pouco menos escandaloso”. Sabemos que Portugal continua a ser um dos países da Europa com o salário mínimo mais baixo, e um dos países da Europa com um custo de vida equiparável, em Lisboa e no Porto, às maiores cidades europeias. E por isso repetimos: não haverá justiça social em Portugal enquanto não tivermos uma melhor distribuição da riqueza entre todos. E o DiEM25 tem várias propostas de medidas que podem tornar esta ambição possível.

“Aposta nas qualificações”: apostamos nas qualificações, temos Universidades de topo em Portugal, mas devido aos baixos salários, não há quem permaneça em Portugal por muito tempo. Fugimos do nosso país porque sabemos que, lá fora,  recebemos mais, somos mais reconhecidos e conseguimos ter uma vida mais equilibrada entre horários de trabalho mais humanos, chefias menos autocráticas, poupanças que fazemos e o apoio que conseguimos dar a quem fica. Apostar nas qualificações sem apostar na economia das famílias só prejudica a nossa sociedade, porque os investimentos do nosso dinheiro público não revertem para o nosso bem estar.

“Investimento e defesa do SNS”: não será esta a mais berrante atrocidade cometida pelo nosso Governo nos últimos oito anos? É evidente a conivência com a contínua entrega da saúde pública ao setor privado, favorecendo os grandes grupos empresariais para quem a saúde é um negócio, e tornando cada vez mais impossível existir um verdadeiro serviço de saúde pública nacional e universal. Não, não defenderam o SNS, que está hoje na pior crise que alguma vez o nosso SNS conheceu, com maternidades e urgências fechadas, falta de equipamentos, médicos e enfermeiros, obrigando-nos e aos hospitais a socorrer-nos no setor privado. Queremos um SNS verdadeiramente público, saudável e universal.

Por isso, neste dia de impasse político em Portugal, dizemos: só uma esquerda verdadeiramente progressista, social e unida pode tirar o nosso país desta espiral decadente, em que os interesses económicos se colocam à frente de todas as prioridades políticas. E o DiEM25 oferece a visão que precisamos para caminhar no rumo certo. Leiam mais em diem25.org/pt.

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