Ninguém fica surpreendido pelas fugas de informação que põe as descoberto como as pessoas mais ricas do mundo guardam o seu dinheiro em paraísos fiscais. Em 2016, assistimos ao escândalo dos Panama Papers e agora temos um novo: Os Paradise Papers, que incluem a Rainha de Inglaterra; Donald Trump o Estado russo, multinacionais, celebridades e expõe a ligação entre os vários intervenientes.
O verdadeiro escândalo, como Glenn Grenwald disse depois de rebentar o escândalo dos Panamá Papers, é que todos estes atos são legais. Não nos surpreende porque estamos habituados à falta de transparência da parte os ricos, pessoas poderosos e dos governos. Isto é uma consequência directa das nossas democracias enfraquecidas: As pessoas têm pouco poder eleitoral, especialmente dentro da UE.
As revelações de Snowden e os Panama e Paradise Papers mostram-nos aquilo que enfrentamos. Manter vazios legais para permitir a existência de paraísos fiscais não é ético e oferece um benefício económico àqueles que lá escondem o dinheiro. Os paraísos fiscais são mais um exemplo da UE a manter o status quo, a olhar para o lado enquanto as elites extraem tudo o que podem.
A UE tem de dar o exemplo e acabar com os paraísos fiscais nos territórios dos seus membros. Para tal, devem ser utilizadas todas as ferramentas: apreensão de bens, restrições em termos de viagens e controlo de capitais.
Os legisladores não tomarão esta decisão por si próprios – precisamos de ser nós a pressioná-los, e fazer com que aconteça. Nós no DIEM25 lutamos por uma UE democrática e justa e queremos ouvir o que tens para dizer….para que os próximos Paradise Papers nos encontrem mais unidos.
Aris é um membro e voluntário do movimento DiEM25.
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